Ao entrar na caverna, conduzido que fora pelo suposto tio, ele seria orientado a não recolher as pedras preciosas e joias que encontrasse por todo canto. Sua missão estava restrita, única e exclusivamente, a encontrar a lâmpada maravilhosa e com ela regressar à saída, lá onde o instrutor lhe agaurdava aguardando a fim de tomar a lâmpada. Contudo Aladim não se conformou em ver e deixar tants preciosidade pelo caminho, e logo começou a encher os bolsos até localizar o objeto daquela empreitada, a lâmpada mágica.
Ao dar de mão da lâmpada, então, vendo-a coberta de poeira,
tratou de esfregar no sentido de deixá-la limpa. Nisso, nessa função, despertou
o gênio fabuloso a lhe oferecer os três pedidos que, naquele momento, o
primeiro deles fora ganhar a liberdade sem ter de passar pelo responsável que
lhe esperava na saída. Assim fugiu com o que recolheu das joias e pedras, indo
a um lugar distante.
...
Retendo-nos só a essa parte da história, vale algumas
considerações. As joias e pedras servem de identificação constante nesta
caverna onde se vive aqui na matéria, a meio dos pensamentos, palavras, ambições,
vaidades. Isto é, os fragmentos dos sentidos espalhados todo momento pelas abas
de existir. Os chamamentos do imediato. Visões. Percepções. A rotina externa
dos dias.
Enquanto a lâmpada bem significa o fator principal, foco das
individualidades, o eu essencial a ser descoberto no transcorrer das tantas
vidas. De comum coberto de poagem, largado pelos cantos das indiferenças,
vagando solto pelas malhas do mistério de Si mesmo. Até quando, mesmo absorto
nos véus da ignorância, algum resolve alimentar a inocência de querer da
consciência o tanto de objetividade que já dispõe, e revele a compreensão de
tudo quanto há.
Nessa hora, nos libertamos da caverna e vencemos as
limitações que constrangiam a porta da liberdade às nossas mãos, clareando de luminosidade
genial o que trazemos conosco desde sempre sem que disso nos apercebêssemos.
Uma assimilação que corresponde, pois, ao mito original da Caverna de Platão.
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