Nesse transe de persistir diante de tudo e ainda ser alguém algum dia, eis o tema principal de todos os relacionamentos. Enquanto isto, a base do que existe significa respeitar os próprios limites. Há nisso uma nítida diferença entre a prosa e o verso. As palavras soam quais assim tratadas de acordo com os impulsos de querer dizer, e dizer. Muitos milênios afora e tem sido tal e qual. As pessoas precisam dizer o que lhes vem na consciência imediata, mesmo sabendo que existirá além uma consciência maior de todas, lá por dentro dos escombros e das eras que passarem vivendo aqui. Vão juntando pedaços de memória e os refazendo aos poucos no bojo da realidade, restos de pastos anteriores que, se bons, viram saudade; se desencontrados, viram lições inesquecíveis na dor de resistir ao que ficou lá atrás no crivo do aprimoramento. Nada mais que isto, sobras das delícias arcaicas que vão grudando na crosta da presença e logo depois fogem ao deserto da solidão inexistente. Foram muitos esses espasmos que ocasionaram a fome de viver de novo passadas experiências quando agradáveis hajam sido, direito de aquisição inalienável. Qual desse modo, elas regressam ao sítio das lembranças e demonstram possibilidades que jamais perdem o senso de realimentar seus protagonistas e a vontade. Criam histórias às vezes tristes, porém que voltem alegres, felizes de haver gerado crescimento na alma das criaturas. Ficam pendentes de respostas todas as nossas correspondências. Nem que desejemos sobremodo, as ideias, os pensamentos, as palavras, os livros, os filmes, as músicas, os sonhos, os momentos, as paisagens, as pessoas, as horas, os dias, os milênios, tudo, enfim, perpassa o coração da gente e invade sem cerimônia o teto das recordações, forçando passos seguintes na longa estrada desse chão da infinitude. Criar, pois, sobremaneira, o senso de prosseguir até o tempo absoluto de todo conhecimento, quando chegar aqui seguiremos nós próprios e senhores de tudo quanto há
sexta-feira, 1 de julho de 2022
A arte de ser fiel a si mesmo
Nesse transe de persistir diante de tudo e ainda ser alguém algum dia, eis o tema principal de todos os relacionamentos. Enquanto isto, a base do que existe significa respeitar os próprios limites. Há nisso uma nítida diferença entre a prosa e o verso. As palavras soam quais assim tratadas de acordo com os impulsos de querer dizer, e dizer. Muitos milênios afora e tem sido tal e qual. As pessoas precisam dizer o que lhes vem na consciência imediata, mesmo sabendo que existirá além uma consciência maior de todas, lá por dentro dos escombros e das eras que passarem vivendo aqui. Vão juntando pedaços de memória e os refazendo aos poucos no bojo da realidade, restos de pastos anteriores que, se bons, viram saudade; se desencontrados, viram lições inesquecíveis na dor de resistir ao que ficou lá atrás no crivo do aprimoramento. Nada mais que isto, sobras das delícias arcaicas que vão grudando na crosta da presença e logo depois fogem ao deserto da solidão inexistente. Foram muitos esses espasmos que ocasionaram a fome de viver de novo passadas experiências quando agradáveis hajam sido, direito de aquisição inalienável. Qual desse modo, elas regressam ao sítio das lembranças e demonstram possibilidades que jamais perdem o senso de realimentar seus protagonistas e a vontade. Criam histórias às vezes tristes, porém que voltem alegres, felizes de haver gerado crescimento na alma das criaturas. Ficam pendentes de respostas todas as nossas correspondências. Nem que desejemos sobremodo, as ideias, os pensamentos, as palavras, os livros, os filmes, as músicas, os sonhos, os momentos, as paisagens, as pessoas, as horas, os dias, os milênios, tudo, enfim, perpassa o coração da gente e invade sem cerimônia o teto das recordações, forçando passos seguintes na longa estrada desse chão da infinitude. Criar, pois, sobremaneira, o senso de prosseguir até o tempo absoluto de todo conhecimento, quando chegar aqui seguiremos nós próprios e senhores de tudo quanto há
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Fiel a si mesmo não é tão fácil assim de conseguir. Tantas vontades, desejos contidos, sonhos pendentes na linha do tempo. É bem assim. Excelente abordagem, parabéns!
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