terça-feira, 6 de março de 2018

O império da vontade

Feitos crianças birrentas, os humanos insistem preservar antigos caprichos, os mesmos que os levaram a construir aleijões nessa civilização que predomina diante do Chão. Se não sabem, decerto também não querem saber. O impacto do instinto resume, pois, as ações do que constroem, na supervalorização do egoísmo de classes dominantes nos inúmeros países. Criam leis, edificam palacetes de injustiças e lavam mãos já carcomidas no desleixo das dores que provocam. As guerras. Os falsos cultos dos prazeres insanos. Os travos amargos da iconoclastia das posses materiais. A irresponsabilidade pelos atos tornados de lama e pó. Eis o império dos impérios da raça dos homens, adúlteros confessos da imprevidência e do arbítrio. 

Bom, mas avaliam os filósofos, as pitonisas, os santos, que haverá de conter os impulsos dessa tal vontade a qualquer custo a fim de encontrar a porta de saída de paz tanto apregoaram nos séculos e milênios da vasta cultura. Isto será a única alternativa à inutilidade dos projetos que ora somos todos. Um senso coerente a transmutar aquele quadro nefasto de tamanhas apreensões. Isso crença de quem espera melhorar o destino das massas. Deixar correr frouxo, no entanto, também cabe nos desacertos particulares. 

Nisso, os valores, as virtudes. Pleitear sabedoria, invés de deitar e mandar a máquina passar por cima. Elevar as aspirações da verdade na forma de uma consciência prática. Usufruir daquilo que chamam inteligência;conhecer de perto a esperança dos sonhos. Responder ao enigma dos tempos. Resta controlar a vontade, vez que, segundo consta dos resultados oficiais, a espécie como um todo virou bicho de sete cabeças e esquece-se de alimentar a chama liberdade humana, no que pese pagar as consequências da farra homérica. Então existe essa tal prerrogativa, recorrer ao domínio da vontade e reverter o quadro de horrores, ao menos em termos das particulares atitudes. Faça a sua parte, portanto.

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