Enquanto as ações pedem resposta coerente face a tanto desafio, as criaturas por vezes apenas oferecem o pescoço na ceia dos prazeres e usufruem da ilusão tais máquinas num movimento alucinado. Ninguém, por si, quer admitir, no entanto, pura e simplesmente, que ainda desconhece a tal finalidade das horas a lhes triturar o corpo já perecível. Adormecem, pois, no calor das emoções.
Bom, até que seria cômico, não custasse a consciência que se transporta cá dentro das entranhas, numa pergunta monumental de a que finalidade cumprimos os ditames desta vida em jogo. Como descobrir o enigma da carne e vencer a Esfinge do decifra-me ou te devoro? E o Tempo avança nas horas e nos viventes, a triturar os incautos feita mãe que devora filhos diletos após cevá-los no carinho das circunstâncias.
Isso a fim de justificar que tudo tem justa explicação, que nada passa impune perante o fruir das estações; e cá iremos todos, nesse mar de praticados que bem resume viver existências aparentemente ocasionais, quando temos em mãos o querer da liberdade. Tudo é justo, mas nem tudo me convém, segundo S. Paulo. Há, por isso, uma balança imaginária que pesa a exatidão dos acontecimentos pessoais.
Fôssemos meros joguetes da própria sina e passaríamos ao léu, espécies de coisas em queda livre.
Vem assim o que queremos indagar: A que isto se destina? Viver por viver, ou descobrir a causa origem de si mesmo e desvendar o mistério dos destinos? Claro que implica numa resposta de valor inestimável, interpretação principal de um dia, dominar a barca do acaso e desvendar o código exato da Eternidade que manuseamos. Paremos neste ponto e deixemos que fale o silêncio do Absoluto em nós.
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