Única chance de salvação do inevitável das horas, os párias da dor carregam consigo esses farnéis das ilusões. Olham uns aos outros na parceria dos movimentos. Uns vão agora, outros irão logo adiante ao mesmo corredor do desconhecido. Ninguém que se preze alimenta eternidade em si, porquanto jamais se nasceu para se ser semente. Desejo, sim, todos têm, uns mais, outros menos. No entanto meros protagonistas da inconformação.
Ainda assim tudo é santo, desde mínimas quanto máximas ausências, tudo santo, mágico, sublime. Levas de objetos a percorrer o espaço deste sonho, a santidade a tudo sobrevive na alma do mistério. Lá dentro nas camadas abissais da infinitude, o eterno grita poemas ao som das ondas e do silêncio.
Nós alimárias que observam e passam, sentem permanecer o definitivo, e disso clama sóis da permanência. Elevam aos céus vozes da clemência e reclamam sorte de vencer a morte que espreita. Estendem braços ao cântico suave da perfeição que ainda necessitam.
Destarte, face à santidade que revolve fibras do coração, moram os deuses que somos e saberemos aceitar no futuro. São as portas da permanência que revira e sofre. Uns nem sabem que irão, animais sem razão. Outros apenas somam dias e olham apreensivos a velocidade quais fantasmas impacientes do tempo imortal.
Contudo, há santidade, sim, no transcorrer das gerações... Nunca haverá nunca, segredo que mora junto às notas musicais da Natureza.
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