sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Os limites da compreensão


Um a um, todos trazem consigo o senso de responder aos reflexos da Natureza. Carregam vidas a fio sob o manto das fantasias individuais. Prevalecem disso face a face com os demais, e folgam em consequência. Todos, em volta de si, ouvem e distinguem a paisagem circundante, cientes de ser conscientes do que isto lhes traz até então. Jogam os pensamentos quais artesões da memória, cercados de anseios e sendo vítimas dos desejos que fervilham lá dentro, e desesperam, fustigam os sonhos na mesma intensidade que impõem os sentimentos aos outros. Aparentes senhores dos limites, vislumbram junto das dezenas dos iguais sem o mínimo conhecimento da humana presença que os traz até aqui, restritos ao círculo fechado da própria imaginação.

Muitos, multidões, caravanas, desfazem no tempo o princípio da vontade, que sejam por demais conhecedores de tudo se veem assim na realidade. Atores de tantos papeis, trocam passos no chão dessas intenções coletivas, crias do mistério jogadas nesse universo, às vezes heróis, doutras figurantes das incertezas vazias. As palavras falam disso, das aventuras de entes assustados que percorreram frases, parágrafos e, logo a seguir, somem nas gretas da inexistência.

Porquanto exclusivos na visão individual, mas pessoas físicas do inesperado, justo no momento das decisões correm, pois, ao sabor das muitas farsas. Habitam os vários seres na busca de interpretar o motivo que os contêm de decidir os enigmas pessoais. Bem esse querer de avaliar estigmas, pedaços de vidas espraiados ao relento. Desde que possível, experimentam o instinto de cortejar a felicidade, contudo saltam obstáculos, criam leis, as obedecem, ou não, nas hostes coletivas, porém tontos de ambição e conflito. Vencer, domar a alma e brilhar entre as estrelas no alto dos céus.

Nesse afã de um dia querer ser consciente, desfazem em fagulhas o princípio do inevitável, braços dados com as normas a que chegarem. Muitos, milhões, enxames de luzes a preencher o quanto existe; nisto sobrevivem e contam de suas aventuras errantes aos quatro ventos.

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