Dia desses, recebi pelas redes sociais um vídeo onde contavam a história de dois amigos cuja existência os levaria aos campos de batalha e, num mesmo contingente, poderem seguir juntos e enfrentar as intempéries de guerra cruel, qual cruel são todas as guerras.
Nisso, os dias foram passando sempre a defrontar as agruras do conflito, quando numa das piores situações vividas pelo seu exército, se perderam ou do outro. Exausto e só, já no acampamento, enquanto repassavam o efetivo da tropa, um deles notou a ausência do outro, e entrou em aflição. Buscou o comando e solicitou ir ao front, no sítio da encarniçada luta, à busca do inseparável parceiro.
Os oficiais argumentaram, no entanto, que a atitude no
mínimo seria temerária e, decerto, o amigo havia de ter sucumbido nas violentas
escaramuças do trágico dia. Mesmo assim, por mais argumentos que ouvisse, o
soldado insistiu até obter autorização de retornar aonde combateram naquela
ocasião.
Transcorridas longas horas, no meio da escuridão da noite,
lá que o moço regressa trazendo às costas o corpo sem vida do amigo morto na contenda.
Ao encontrar os responsáveis pela tropa, estes foram logo confirmando o que
disseram, que de nada adiantaria tanto esforço de voltar ao campo da batalha,
conquanto o soldado ali apenas restasse morto.
O amigo, porém, reconhecido pela chance que tivera de
cumprir aquela missão, entre lágrimas e com um leve sorriso no rosto, responderia:
- Sim; mas quando cheguei junto dele ainda respirava e,
consciente, me olhou agradecido e falou: - Eu sabia que você vinha à minha
procura e, por isso, resisti até agora, para, em seguida, fechar os olhos e
desfalecer silenciosamente.
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