Quisessem aceitar, e tem que o faça, sair-se-ia bem melhor do que muitos recalcitrantes na hora de ir. Outros, entretanto, parecem fazer favor em viver, de caras feias, olhos vermelhos e presas à mostra, quais aqueles que vivem por viver e obrigação. Reclamam de tudo. Chova, reclamam. No sol claro das manhãs, reclamam. A pé, reclamam. De avião, reclamam ainda mais. Vivem, pois, só na intenção de protestar diante do absurdo de horas e séculos, sejam ou não agraciados com as taças e os campeonatos do destino.
Porém dos porém, lá vão manadas de gente a tostar diante dos céus, marcadas a ferro e fogo nos holocaustos contínuos que ofuscam o sentimento dessa necessidade de uma resposta maior. A saudade, por exemplo, arquivo de bons momentos, dói de amargura quando fica guardada longos períodos e vem no instinto determinado de satisfazer os que passaram turnos bons. São provas ou expiações deste mundo em que os humanos habitam.
Desvendar esse enigma genial de tamanha habilidade a isso vêm e vão, eles viajantes da fronteira do ontem e do depois, envolvidos nos negócios do instante passageiro que tangem, serviçais e herdeiros do tempo de perguntas ainda sem respostas, em forma de pequenos animais inteligentes. Fervilhantes, batem às mesmas portas de si e alimentam o sonho de que tudo termine bem, nesse cosmos de quanta beleza, repleto dos desafios de grandes amores.
A existência e o tempo, companheiros inseparáveis na vida que a todo tempo disputam espaço uns querendo mais tempo e a existência cobrando a conta a um preço muito alto. Ambos são passageiros da agonia. Lutam por uma vitória inglória, porque contra fatos não há argumentos. O tempo passa e a existência vai junto, assim como na vida, caminham juntos. Texto rico, culto e bem fundamentado, uma beleza de texto.⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️🌷🌷🌷
ResponderExcluirUm carinhoso abraço ao amigo Emerson Monteiro. Boa noite.🍀🌷🌷🌷
ResponderExcluir