Há que se viver dalgum jeito diante de tudo enquanto. Falam de portais, iluminação, lugares santos na alma, luas místicas, dias de paz...Resumem grosso modo as mil compreensões, vagos territórios até então desconhecidos, porém férteis nas consciências das pessoas. Um pudor estonteante adormece no coração das pessoas e restam filosofias cadenciadas a falar disso, da clareza que acompanha os sentimentos.
A esse ente, sobrepeso de tantos outros, segue o instinto de
preservar os destinos e chegar lá um tempo na ilha da solidão do imaginário,
onde impera sobremodo o tal poder de continuar vidas e vidas. Disso provêm as sociedades,
reunião dos fragmentos de histórias guardadas na lembrança dos livros e salas
de aula. O herói dos infinitos que percorre sem jeito o panteão das academias,
o solo dos poderes além do véu, e aceitam de bom grado padecer e perpetuar a
espécie.
Pudessem avaliar o espaço preenchido das vivências mais
antigas, seres superiores viveriam entre as massas e contariam delas o sentido
da realização. Juntar palavras dissolve, pois, o princípio das encontrar o que alimenta gerações inteiras. Fugir sem ter
aonde significa, pois, bendizer as cicatrizes da culpa e trazer de volta os
mártires, serviçais do egoísmo avassalador de eras perdidas.
Quer-se recontar doutro padrão a herança daqueles
desaparecidos, e transformar a expectativa das civilizações em moeda de troca dos
enlaces que virão logo adiante. Os jogos e tabuleiros falam dos restos que aqui
ficaram largados ao vento. Temos de identificar o rumo de abordar o mistério e
fazer dele a pedra de toque do que ainda vem acontecer a qual instante.
No somatório das visões de reis e senhores do palco, sempre
haverá alternativas de estruturar os roteiros. Ninguém estará a margem do que
virá. As marcas esquecidas pelos vagões da memória demonstram a realidade dos
encontros inesperados das humanas soluções em andamento.
