Para quem imaginou sem dúvida vir dominando a força dos elementos naturais, o Homem suporta com denodo as marcas impostas pelos efeitos inesperados que advêm nos instantes menos previsíveis da sua história. Um desses acontecimentos supervenientes verificou-se no início da última semana de 2004, vistas as ondas gigantescas produzidas pela acomodação de placas tectônicas no interior da Terra, nas proximidades da Ilha de Sumatra, no Oceano Índico.
Em perdas de vidas humanas, os
números até agora ultrapassam a casa dos cinqüenta mil, sujeitos a crescerem
noutro tanto, diante das conseqüências da catástrofe, nos principais lugares
atingidos, costas do Sri Lanka, país mais prejudicado, além de Índia, Malásia,
Tailândia, Madagascar, Indonésia, dentre outros.
O que resta considerar em face de
situações desse tipo é que resta muito para se ser auto-suficiente em termos de
controle das ocorrências geológicas, no que pesem as pretensões tecnológicas a
que chegaram os povos, a lembrar conceitos clássicos chineses, onde Lao-Tsé
afirmava: O céu e a terra não são humanos. Não têm qualquer piedade. Para
eles milhares de criaturas são como cães de palha que serão destruídas no
sacrifício.
Isso a título de reflexão, neste
fim-começo de mais outro longo giro do Planeta em sua órbita na rota do Sol,
intérmina jornada que o mistério das eras circunscreve há milhões de anos sem
fim.
Enquanto as sociedades parecerem
esquecer dos valores originais da simplicidade, num turno de práticas insanas,
vaidosas, ilusórias, algo, porém, indica possibilidades no querer de tantos
atores que adotam posições de comando, a proferir definições coerentes de
utopias renovadoras.
A dialética fundamental
identifica os dois fatores estruturais da realidade possível; de um lado, entes
materiais, no meio dos quais os seres e os objetos; do outro, idéias e sonhos,
a formar a base única do pensamento lógico.
Nesta reflexão, portanto, a
esperança de reinterpretação da virtualidade desse mundo, quando a lição da dor
pressiona a corrida acelerada do “ter” em forma de destruição, desprezados
conceitos solidários do agir coletivo, nalgumas nações distantes da Ásia.
A saída de um ciclo anual
determina pouco, quase nada, em termos de querer decidir a continuação das velhas
práticas, nos meses posteriores. Apenas matricular em novas séries resume a
atitude usual de pais e filhos, de memória curta, que guardar pouco dos
conhecimentos recebidos, conquanto, mais hoje, mais amanhã, entregar-se-ão nos
braços fatais do egoísmo de grupo, nada além do que exercita a grande população
que cresce em almas que se expõem aos inevitáveis fenômenos dos dias
indiferentes.
Todavia, nunca é demasiado, no
alvorecer do mês de janeiro de 2005, desejar aos amigos ouvintes um Ano Novo de
Paz, Saúde e Prosperidade! E que os sonhos da melhor felicidade sempre iluminem
a consciência de todos nós seres humanos!
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