quinta-feira, 12 de junho de 2025

Instinto de sobrevivência


Nesse furor das invenções de que ora somos o resultado impera força maior de resistir a todo custo. Aonde for, ali haverá milhões que se perguntam a que vieram. Seguem, no entanto, independente das respostas, porque sabem, lá de dentro, que vieram a algum objetivo. E sustentam a carga de sacrifício de presenciar a tragicomédia desse tempo esdrúxulo, onde tantos impõem a quantos o desejo de continuar no todo custo, pois. Um painel de interrogações, pendurado no pescoço das multidões, pede, no entanto, socorro das lideranças que as enganam, mormente palavras soltas dizerem as ordens de sofrimento que hão de obedecer.

Buscar, pois, compreender o enigma disso tudo significar perdurar o quanto seja a equilibrar as balanças do mistério. Ninguém que assim pretender atenderá no tanto ao império de interrogações vagando pelo impulso de sobreviver.

As histórias explodem soltas pelos ares. Mil espetáculos de dúvidas fervem o cérebro das criaturas, ainda que submissas aos credos da fama e do prazer. Porém o que resta soma velhos pergaminhos inteiros ao solo dos contentes. Nasce, com isso, uma verdade só aparente, donde raros acreditam retirar o significado dessa parafernália inconsequente. Somar a isto o vasto passado largado fora em migalhas é querer sonhar noutros universos e bem isto alimenta o espírito de aceitar as condições aqui trazidas no impulso do inevitável, conquanto outra visão de nada serviria. Conceitos, compreensões, atitudes. Animais acuados na lama do que produz olham entre si a porta possível de reviver e narrar diferentes segredos, quais da nada soubessem até então. Porquanto dizer de tais apreensões pouco representa dos frutos atuais de uma tal civilização acuada entre os próprios métodos e objetivos. Nisto, todas as regras da boa convivência impõem situações definitivas, a determinar a procura do senso comum na essência dos seres humanos, início de largas e inevitáveis transformações.

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