segunda-feira, 21 de abril de 2025

O preço da liberdade


Às apalpadelas, definir os meios necessários de sustentar a certeza quando nenhuma alternativa resta até então que ofereça qual espontânea e reveladora. Isto é, tatear o escuro das gerações enquanto circulam os astros pelos céus ilimitados. Pisar o solo seguro de jamais haver, outra vez, de amargurar as dores da inutilidade, dos equívocos...

Matéria portanto só experimental; viver que sustenta na alma a face das condições inevitáveis de persistir a qualquer custo; existir qual seja, nesse universo de quantas luas e perenes expectativas de uma sorte maior. Há que ser assim, por conseguinte. Viver, sobreviver, etc...

Sujeitos, pois, das inconsequências e finais daquilo que nem de longe translúcido seja, as criaturas forcejam o inesperado e se entregam às possibilidades das atitudes quiçá impensadas. São eles os tais aventureiros da solidão, arteiros de dados e pensamentos; esses que andam ali submersos nos mares em volta e parceiros do inigualável e desconhecido.

Todas as lendas falam disso, do jeito próprio de, lá num tempo qualquer, encontrar a definição do que seja resolver o tal conflito entre as tantas escolhas, e nisso revelar a si o rumo do definitivo, ainda que nada possa divisar pelos rastros deixados nas lamas do passado. Abrir as portas da consciência e parir a luz de dentro das sombras que lhes acompanham a cada passo. Forcejar o Destino e distinguir os significados de poder agir, mesmo antes de conhecer as normas do Infinito. Isto, sim, é a liberdade

Nós, quais sejam múltiplos fantasmas das intenções instigadora dos desejos e réstias apressadas de ninguém além das noites indagadoras. Isto seremos nalguma circunstância de todo momento que desafia. Isto, a liberdade. Espécie de loteria dos dramas deste chão flamejante de pródigos segredos, guardados a sete capas no âmago dos outros corações. E existir, e fazer, perante as condições de estar aqui e conquistar o sonho de um dia achar a inspiração por demais absoluta.

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