sexta-feira, 18 de abril de 2025

O portal do Infinito

Isso que se avista quando, logo ali, o silêncio volta a tomar conta de tudo. O limite aberto na visão na face do que possível seja sem distinguir entre o Ser e o Nada. Um Cosmos absoluto, claro à nossa frente, todavia longe de toda compreensão da realidade que nos envolve. Essa interrogação que persegue a razão enquanto os olhos veem mas não enxergam. Fruto da ânsia do mais que perfeito, contudo mero desejo de voar a quem nem possíveis asas teria.

E lá no teto das paisagens, isto de notar apenas a título de saber que existe a completar o mistério e desfazer as possibilidades. Decerto que a vontade bem que gostaria de estar presente, e nisto vencer as algemas da incompreensão. Noutras palavras, o início de um sentido feito de rascunho, à busca de completude no tempo de não saber quando será. As limitações falam essa linguagem nos códigos do absurdo, donde alguns entendem, outros imitam saber e ninguém ainda divisou a imensidão do que tal significa. Portanto, eis o padrão do meio termo onde a multidão ilustra conceitos e deles faz os destinos e emite seus pareceres.

De outro modo, padecer-se-ia da mesma fome do inesperado, quantas e tantas vezes, cercados que foram de limites e dotados de pouco ou de nenhum senso. Muitos já experimentaram e tocam a certeza de querer dizer o que notaram dos sacramentos da Civilização. Há compêndios mil, encontrados ou desaparecidos, visagens e relíquias, esquecidos em prédios abandonados pelas páginas da História. Tons assim multiformes das tradições que só agora deixaram postos nos muros do labirinto, fortes dádivas do inesperado, em forma de livros, pesquisas, músicas, filmes, falas, aplicativos, numa gama inimaginável de clamores e profecias. Aos passos de quantos ora dominam o panorama, resta pouco, mínimos sóis, até chegar o instante de uma consciência plena daquilo que nos traz até aqui.


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