As imprevisões que bem caracterizam o contar dos milênios moram em todos e nos objetos sacudidos ao vento. Desse fluir do incontrolável sobrevive o desejo dos sonhos das noites. Fixos num depois tão só imaginário, observam a consistência no Tempo, seus passos insólitos que deixam rastros inamovíveis. Os habitantes, pois, dessa vastidão continental das esferas desfilam nas sombras e cogitam daí, lá um dia, dar de cara com o princípio da incoerência e adormecer de vez no deserto da imaginação.
Por isto, as quantas vidas, silentes, astutas, sórdidas,
geração após geração, nos velhos campos de batalha de antanho. Fossem assim considerar
o ritmo dos sóis, saber-se-iam da certeza absoluto do instante atual, única
verdade absoluta no campo das virtudes. Porquanto ansiosos às novas descobertas
de mundos inexistentes, acalmam os ânimos à borda de quantos mares, solitários
aventureiros dos filmes que hoje apenas dormem nas ruínas das próprias veias. Marcas
indeléveis de lembranças ferradas na pele que os possui, examinam as inscrições
pré-históricas esquecidas pelas cavernas ali deixadas, de quando acreditavam no
instinto de realizar mudanças onde residem os mesmos morcegos de antigamente.
Nisto, a linha divisória entre antes e depois, que percorre a
solidão de estar aqui sem desvendar o mistério de sejam feitos. Ainda que destarte,
abandonam a intenção de revisar a História, vilões dos astros e parceiros das
ilusões.
Sei serem propensos a interpretar belas canções, enquanto veem
cruzar estradas sem fim na busca dos seres inexistentes, almas e visões
assustadoras. Persistem, todos sabem, naquilo que alimentam e se alimentam
deles. Esses possíveis heróis dos romances arcaicos, maestros e autores das
sinfonias esplendorosas que virão logo depois de ultrapassar o sentido de tudo
quanto existe, amanhã bem cerdo.
E túnicas bordadas de letras escarlates preenchem o claro
das horas de fantasias e frases ora vistas a olhos nus dentro das telas do
futuro inominado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário