domingo, 30 de setembro de 2012

A luz da esperança

Há dias em que o poder das boas mensagens manifesta a necessidade extrema de importância que elas possuem a fim de continuarmos durante a jornada pela vida. Certa vez, um amigo me contou a respeito do desespero que tomara conta de empresário seu conhecido vivendo séria crise existencial na rotina dos dias. Atingira o auge das dificuldades, o que parecia superar a capacidade para levar adiante os negócios e a família. Naquele transe, recorreria ao suicídio.

Afastara-se a lugar ermo e realizava os derradeiros preparativos da ação desatinada e, nisso, observou, vindo de longe, voando no vento, folha solta de papel. A folha vinha chegando, chegando, e lhe engancharia numa das pernas. 

Indiferente, frio, o homem segurou a página solta, pedaço de livro qualquer, e no fastio que amargurava ainda quis ler as frases que ali continha.

Era texto positivo, de orientação espiritual, de mais ânimo para que cruzasse os percalços da existência, proposital ao que atravessava naquele instante. Alimentava a esperança em dias melhores, que, do jeito que antes vieram, viriam também, no transcorrer das horas do futuro. Nutria sentimentos bons de alegria, firmeza na fé, nos segredos universais, nas bênçãos que nascem dos acontecimentos felizes. 

Mais calmo, foi lendo as frases. Durante algum tempo realizou, inteira, a leitura que continha a página, qual endereçada a ele mesmo. Nisso, a luz da esperança clareou suas entranhas, e ele recobrou o gosto de prosseguir sem demora nos novos pensamentos que lhe nortearam.

Passada a tempestade, poria em ordem as atividades profissionais, superando fase ruim, presenciando o potencial desconhecido de forças que trazia consigo. 

Quantas e tantas histórias semelhantes... Pessoas abatidas no desânimo sentem a presença das vozes interiores que erguem os passos, na perspectiva da verdadeira dos meios de transformação, estabelecendo padrões de construir vidas renovadas.

Bem neste ponto reside a positividade. Olhar o mundo e querer alimentar no sentimento a grandeza do Infinito carinho de Deus. Abrir o coração aos valores absolutos e férteis da mãe Natureza; aos desígnios da verdadeira convicção nas filosofias e possibilidades inimagináveis do Amor. 

Eis, com isso, a boa semente de que fala Jesus, vida e mensagem que legou à Humanidade. Saber que somos destinados à suprema felicidade, nos destinos da Perfeição, desde que saibamos desfrutar do poder da Esperança e dos frutos que produz, nos íntimos de nós próprios. Lição simples, porém ao nível dos que quiserem exercitá-la a todo o momento.  

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Consciência da responsabilidade



Nesse mundo de alternativas mil, vê-se agora defronte ao muro imenso das inevitáveis acontecências do cotidiano. Pessoas que completam umas as outras que se olham nos olhos, e as testemunham na avaliação permanente dos conceitos grupais. No entanto há liberdade ainda assim no espaço estreito das ações frutos do desejo de continuar o processo efetivo da continuidade natural dessa vida múltipla. O que haveria de ser código previsto e estabelecido a priori pelo comando supremo, isso implica na urgente necessidade para uma carreira solitária onde existência signifique determinação de resultados positivos fruto da consciência de cada elemento formado desse todo, sem, contudo, tolher a vontade dos demais, na ânsia de exercer pleno o direito à criatividade dos próprios sonhos.
Com isso, na compulsão de agir em favor do aprimoramento da história em que o total jamais perderá diante das partes, as figurações individuais não ameaçam o painel do grupo social, exigência imponderável, portanto determinismo da criação dos novos universos em expansão, forma de produzir a história coletiva e a paz na consciência participante.

Guerreiros de exércitos solitários representariam tão só egoísmo crônico rumo às impossibilidades coletivas. A fonte da persistência consistirá, por isso, na escolha dos valores reais da liberdade conceitual para cumprir objetivos identificados ao direito das gentes.

Acima de tudo, a realimentação dessa esperança implícita da liberdade qual fator de retransmissão dos elementos originais, propulsores do criacionismo essencial à vida que se elabora nas ações pessoais, identificadas pelo propósito de estabelecer as condições do surgimento de meios compatíveis à Verdade útil do poder perfeito sobre tudo. O homem qual instrumento de superação de si mesmo na construção dos propósitos da transformação para o melhor dos mundos admitido como tal.

Independente dos nomes que possam merecer, as atitudes contam face à consciência da responsabilidade perante o andamento das definições em construção. Alvo dos olhares silenciosos, nada transita longe da grandeza dos demais.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dimensões do mistério



Quando o mistério é muito grande, não se ousa desobedecer. (Antoine de Saint-Exupéry, in O Pequeno Príncipe).

Por vezes isto acontece no decorrer da vida, de coisas superarem a capacidade para interpretá-las, impondo condições inarredáveis de jeito a que não se saiba agir ou vislumbrar alternativas, reduzindo os seres a meros joguetes do destino, coadjuvantes de dramas de proporções gigantescas, nos quais a pequeneza invade o horizonte, sem chance de determinar coisa alguma além da espera passiva dos desdobramentos a virem. 

Nessas horas de rara solenidade, busca-se de dentro porta e janela que, de alguma forma honrosa, salvariam dessa voragem inevitável, porém tudo se fecha à visão interna e, qual diante de tempestade portentosa, cai-se em crises de apatia, sujeitos até ao desvario das comoções cerebrais extremas, ou, à margem da razão, vira-se testemunha cúmplice das conseqüências de tudo isso, aspecto selvagem dos problemas indomáveis que a vida traz.
São esses os apocalipses pessoais. Eras tombadas em cataclismos tenebrosos, revirando as estranhas, pedras rolantes das dores em queda livre nas encostas de almas debilitadas na dor, individualidades impotentes face aos momentos difíceis. Horas de partos sangrentos, marcas tortuosas de feridas abertas no peito, em rios de emoções desvairadas, corrosivas, torturantes...

Em tais lapsos de tempo, a procura de Deus acelera seus passos e as vaidades perdem seu fulgor fantasioso de pequenez do ser beira às raias da insignificância, restando só o direito de existir ao ímpeto da multiplicidade dos eventos incessantes. 

O mistério dessas horas rasga o peito em variantes inéditas, semelhantes aos córregos lamacentos que se formam depois das chuvas voluptuosas. Neles descem os coágulos da sangria imensa que avassala corações macerados. Morrer, verbo inútil dessas sofridas instâncias.

Contudo algo ocorre de dentro para fora, numa mostra clara da presença de força até então desconhecida, no âmbito das respostas dos outros mistérios rotineiros, que parecem configurações intelectuais e racionalizações passageiras.

O mistério maior, esse, sim, desmistifica as crenças só convenientes e conceitos de algibeira, e impõe respostas jamais previstas, comprimindo todas as partes do sistema íntimo existencial ao fluxo dos acontecimentos grandiosos. Deixar acontecer, porquanto não possuir meios de reverter ações verificadas. Não recalcitreis contra o aguilhão, avisa Paulo de Tarso. 

Mais forte do que a morte, eis a força dos acontecimentos. Incrível a força que as coisas parecem ter quando têm que acontecer, assevera Friedrich Nietzsche. Por isso, após a tempestade vem a bonança, no dizer popular. Resistir enquanto resistir, a bússola dos sentidos, na existência vacante das medíocres criaturas joguetes da sorte.

Caso um dia queira a dor superar a disposição da resistência, sobrará encontro da resposta que acompanha fiel as indagações que compõem o mistério de coisas bem maiores, pois a inexistência absoluta de qualquer coincidência, no fluir das energias da Natureza sanciona que coisa alguma existe fora da ordem universal soberana. Nisso cabe a força do Amor, antídoto dos males possíveis e imagináveis, ou inimagináveis, ou impossíveis. Nada resiste e tudo se completa no Poder, cabendo aos eleitos felizes merecerem a Iluminação do fim do túnel, na existência desse chão poeirento.

domingo, 23 de setembro de 2012

Mão pesada



Há um brocardo latino que afirma Si vis pacem, para bellum, a saber: Se desejas a paz, prepara-te para a guerra. Vem daí, inclusive, o nome de pistola desenvolvida na Alemanha, depois espalhada pelo mundo, usada na época dos nazistas, o parabellum. E nesse jogo empurra de desgraças da paz armada, ou paz romana, cresce a indústria bélica a ponto de ameaçar nossa querida e maltratada casa comum, o Planeta azul onde vivemos.

Nesta fase da história, exato momento em que escrevo, por exemplo, pés de guerra retrabalham outros mercados da morte entre país tais como China e Japão, duas potências que têm tudo para viver em harmonia, guardarem origens na mesma família racial, os mongóis. Entre Estados Unidos e Irã, Ocidente e Oriente no espaço do globo, desentendimento que arrasta séculos de apreensão, comportamento doentio e fator da intranquilidade coletiva dos que habitam este chão.

O Irã herdou a tecnologia da destruição em massa da antiga União Soviética, adquirida a peso de ouro das jazidas do petróleo. Os árabes não aceitam a presença dos judeus na Palestina e criação do estado de Israel, que desalojou os antigos reinos ali existentes.

Resumo: segundo cálculos e estudos, existe a média de sete guerras permanentes fomentadas entre populações civis e comandos militares, tabuleiro alimentador dessa ganância destruidora.

A força do dinheiro mal ganho e mal gasto fomenta também as gerações por meio do lixo industrial passado nas redes de televisão, no sentido de eliminar vidas e corroer a riqueza dos países, enquanto a crise dos povos virou ciranda avassaladora, incontida sede dos lobos humanos.

Lucrar na intenção de matar, eis o objetivo da exploração dos minérios daquelas nações dominadoras. Enquanto isto, as espécies desfilam ao risco das consequências, vítimas da desunião ainda reinante no concerto das nações quais alvos fáceis de parques de diversão desagregadores. O sadomasoquismo impõe regras mortíferas qual brincadeira fácil e motiva de continuar o drama da farra imbecil.   

Dominar, por isso, o instinto perverso e aprender a lição da amargura precisa acontecer o quanto antes, e enjaular a burrice dos comandantes embriagados de sangue. Já lançam sinais preocupantes de exaustão no quadro geral dos acontecimentos. Começar de casa, nas famílias, a cultura da paz necessária que vencerá o perigo da ignorância nefasta vem trabalhar por dentro das camadas internas da nova consciência e trará esperança, fé no futuro, limpeza na evolução das criaturas, concórdia, leveza nos relacionamentos, justiça social, segurança, equilíbrio e amor a todos os corações viventes que aspiram a Paz.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A geração nem, nem



Houve um tempo, décadas de 50, 60, quando os nordestinos vagando nas ruas sem carteira assinada nas ruas da capital paulista, no Rio de Janeiro, se pelavam de medo de ser pegados e recambiados para o sertão da seca no primeiro transporte. E agora o que vemos divulgado na mídia: um Brasil destes tempos pós-modernos onde 20% da juventude, na faixa dos 18 aos 24 anos, perdido na desocupação, andando à toa fora do mercado do trabalho, sem emprego, meio de vida, despreparada de escola. A denominada geração nem, nem, jovens que permanecem fora do estudo, em casa, nos guetos, sem profissão, nem trabalho, e ausentes de quaisquer meios de uma vida digna, ameaças gritantes à paz de si próprios e das comunidades em que habitam.

Por melhores sejam as estatísticas dessa época, no País, há um tanto de assunto pendente de boas soluções, parcelas preciosas da nação, longe das respostas convincentes ao bem do interesse de todos.

A contrapartida dos tais números do atraso representa demanda rumo à criminalidade. Indiferença e desmandos sociais crescem o déficit social de séculos. Isto numa circunstância política onde a democracia representativa amarga crise por conta do profissionalismo ganancioso dos que confundem a área eleitoral com mercado de investimento e falcatrua.

Quem paga o preço desse fastio incompetente das populações: as novas gerações e a família, principal a família, célula mater vítima do descaso administrativo público, da ausência de autenticas representações e inventividade, seriedade e compromisso.

Severos frutos sujeitam, por isso, amargar a boca do futuro. Ninguém permanece impune diante das leis coercitivas da natureza coletiva. A humanidade como um todo corre riscos de guerras, ciclos de fogo e dramas do ajuste, no ordenamento comum. 

O poder da Ética impera ao longo dos acontecimentos, e seu retrato significa o bem estar da coletividade humana em cada momento. Talvez ainda haja tempo de revertemos o quadro que ora se apresenta através de meios pacíficos e trabalho responsável dos responsáveis no comando da história.  

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ir mais além



O que é isto de ir mais além? Sim, ir mais além do igualismo que envolve as rotinas deste mundo ronceiro, pesado... Significa o querer avançar nas vastidões continentais das respostas maiores aos problemas cotidianos crônicos e repetitivos... Abraçar o desconhecido das possibilidades qual instrumento da revelação de valores elevados, acima da média, essa febre diária dos só ganhos materiais, motivo de muitos viverem a existência deitados na preguiçosa de nem querer saber o que escondem os dias que nascem esplendorosos e as suas oferendas, que recebemos na sequência original das mudanças constantes, impagáveis de riqueza e promessas infinitas.

Ir mais além será, por isso, evoluir neste processo de elaborar o destino sem a mera conformação que sujeita as multidões acomodadas ficar na flor da água, restritas aos trechos iniciais do caminho longo das histórias pessoais. Essa timidez que produz mediocridade e fastio, roteiro imprudente, desestimulante, restrito a cantos escuros de servidão das massas ignaras aos senhores da guerra e da miséria dos becos.

Às vezes, uma criança quer crescer, porém o projeto familiar dos pais exige condições de repouso, 
banalidade e planos menos abrangentes ao grau da inteligência prodigiosa com que vem. Os próprios meios de comunicação adotam ideologias prontas para atender apenas aos limites das gerações montados nos blocos de pressão de escolas, instrumentos de poder em mãos egoístas e despreparadas. A educação nivela por baixo as aspirações que pedalam nos roteiros elaborados em gabinetes ineficientes de uma sociedade que se arrasta na lama do faz de conta.

Dar salto de qualidade no instinto de transformar a cena futura pede coragem de ânimo e impulso de transpor as barreiras opressoras de quem ativa tais mecanismos repressores da criatividade inovadora.

Poucos ou raros exercitam os mecanismos de resposta ideal que rompa com o cinturão da miséria coletiva. São os inconformados diante dos falsos valores impostos pelo velho sistema dominante. Eles existem, no entanto, graças aos quais nada se perderá jamais, porquanto força maior impõe o progresso e a correlação das energias na evolução, resultando noutras alternativas de salvação e saúde universais.